Perspectiva da Semana #126

Tendência de curto prazo

O que está acontecendo no Brasil?

1. Política – O presidente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaram do primeiro debate na disputa do segundo turno no domingo (16), pela Band. Na sexta-feira (21), Lula não participou do debate formado por SBT, CNN, Estadão, Veja, Nova Brasil e Terra, e Bolsonaro foi entrevistado por jornalistas. No domingo (23), Lula também confirmou que não participará do debate promovido pela Record.

Os dois candidatos devem comparecer ao último debate presidencial, na TV Globo, previsto para o dia 28 de outubro.

Lula (PT) divulgou carta aos evangélicos, em que afirma ser contrário ao aborto e a favor da liberdade de culto. (g1)

As pesquisas eleitorais indicam distância de 6 pontos percentuais, na média acumulada, entre Lula e Bolsonaro. As pesquisas mais recentes apontam para uma redução dessa distância para 4.6pp.

Fonte: elaboração própria, com base nas pesquisas originais. Totais em votos válidos.

2. Economia – A atividade econômica do país registrou queda de 1,13% em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira (17) pela autoridade monetária. Em relação a agosto do ano passado, a alta é de 4,86%. (CNN)

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 13,97 bilhões em setembro, 38,4% mais que um ano antes e valor recorde para o mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. (Valor)

3. Administração pública – Na terça-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou representação motivada pelo partido Rede Sustentabilidade sobre o acompanhamento das eleições pelo Ministério da Defesa. Em sua decisão, Moraes determinou ao Ministério da Defesa que apresente, em 48 horas, cópia de documentos sobre eventual auditoria feita nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições deste ano. Defesa afirmou que ainda não elaborou o relatório, que só vai enviá-lo sobre urnas após o segundo turno para evitar inconsistências, e que não há obrigatoriedade de entrega de relatórios parciais. (g1)

O TSE aprovou, na quinta-feira (20), por unanimidade, resolução aumentando os próprios poderes. Com a medida, a Corte pode determinar, de ofício, a remoção de conteúdos das redes sociais. (Poder360)

O TSE decidiu, por unanimidade, conceder ao candidato Lula (PT) direito de resposta em 116 inserções na TV. Anteriormente, na quinta-feira (20), a ministra do TSE Maria Claudia Bucchianeri havia suspendido os efeitos de decisão que dava ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 164 inserções na TV como direito de resposta no tempo originalmente reservado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). (Folha)

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou prefeitos e concessionárias a oferecer transporte grátis a eleitores no dia da eleição, 30 de outubro. A decisão foi motivada pelo partido Rede Sustentabilidade. (Veja)

O Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, afirmou que o Portal da Transparência não tem informações sobre os parlamentares que solicitaram as emendas do chamado “orçamento secreto”. (Estadão)

Uma análise:

1. A tendência para a política segue positiva. Bolsonaro evitou conflitos institucionais esta semana, especialmente à luz das decisões do TSE. Os índices de aprovação do governo e a base de apoio parlamentar seguem estáveis, com leve melhoria.

Sobre as eleições, as pesquisas de intenção de voto mostram encurtamento da distância de Lula para Bolsonaro. O petista intensificou a agenda de visitas a cidades estratégicas, mas não vai participar de dois debates pela TV. Bolsonaro obteve importante apoio de artistas sertanejos esta semana e vai ter duas horas para falar livremente nos dois debates presidenciais. O resultado das eleições ainda é incerto, mas Bolsonaro parece ter reunido melhores condições para atravessar a última semana antes do pleito no domingo (30).

2. A economia segue com tendência positiva. Apesar da leve queda na prévia do PIB de agosto, não houve alteração significativa na trajetória.

Na próxima semana, é prevista reunião do Copom, nos dias 25 e 26 de outubro. A previsão do mercado é de manutenção da taxa Selic estável em 13,75% a.a. Também serão divulgados números do Caged.

3. A administração pública segue em tendência neutra. O protagonista da semana tem sido o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma série de medidas que dividem a opinião de analistas. De um lado, jornalistas e juristas afirmam que as decisões são corretas e necessárias para assegurar eleições sem excessos de notícias falsas ou ofensivas; de outro lado, outros jornalistas e juristas argumentam que as decisões são arbitrárias e abusivas.


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